Você não errou. Você estava sofrendo.
Falar de dinheiro quase sempre vem carregado de culpa:
“Eu devia ter guardado mais.”
“Não devia ter feito aquela compra.”
“Como fui deixar chegar nesse ponto?”
Mas o que quase ninguém faz… é parar e se perguntar:
“Por que eu fiz aquilo?”
“Como eu estava me sentindo?”
No livro Autocompaixão, Kristin Neff escreve:
“É necessário que reconheçamos nosso próprio sofrimento. Não podemos ser movidos por nossa própria dor sem ao menos reconhecermos que ela existe. Claro que, às vezes, o fato de estarmos sofrendo é absolutamente óbvio e não conseguimos pensar em mais nada. No entanto, com mais frequência do que se imagina, não reconhecemos quando estamos sofrendo.”
E talvez seja isso mesmo.
Aquele gasto impulsivo. Aquela dívida que se acumulou. O silêncio diante das finanças…
Não foram sinais de irresponsabilidade. Foram pedidos de socorro.
O ponto de virada não começa com uma planilha. Começa com um gesto simples: reconhecer que você está sofrendo. E que merece cuidado — não julgamento.
Autocompaixão não é desculpa.
É o ponto de partida para qualquer mudança verdadeira.