Porque as Criptomoedas estão em alta?
Parece que, com o tempo, tudo perde seu valor. Essa é a máxima da modernidade — ou da super pós-modernidade — e, a cada palavra que você lê aqui, ela já se torna ultrapassada.
A engrenagem que move as ideias e a máquina do mundo atual, muitas vezes, é abruptamente substituída. Não adianta mais lubrificar nem trocar peças: o que era já foi, e o que será já está a caminho. Esse fluxo constante de transformação pode ser perfeitamente ilustrado pelo universo das criptomoedas. Mas o que são, afinal? Ulrich, em seu livro sobre Bitcoin, define:
“É a junção de duas tecnologias: a distribuição de um banco de dados por meio de uma rede peer-to-peer e a criptografia.”
Ele ainda explica:
“Os motivos fundamentais que impulsionaram a criação do Bitcoin são, portanto, evidentes: um sistema financeiro instável, com elevado nível de intervenção estatal, e a crescente perda de privacidade financeira.”
“A intervenção dos governos no âmbito monetário é milenar, assim como a cumplicidade e conivência do sistema bancário.”

Toda essa revolução digital reflete uma verdade incontestável: a força das nações e da tecnologia molda um mundo de facilidades e, ao mesmo tempo, de novas e complexas dificuldades. Vivemos em um caos estruturado, onde tudo parece ser simultaneamente ordenado e imprevisível.
Carregamos em nossos bolsos tijolos de metal e placas computacionais repletas de dados que ditam e rastreiam nossos comportamentos. Como já disse um amigo meu — e também a atriz Fernanda Torres —, somos como Tamagotchis, aqueles brinquedos digitais em formato de chaveiro que precisavam ser alimentados constantemente. Hoje, fazemos o mesmo com as redes sociais, despejando nelas tempo e esforço quase sem perceber.
No meio desse mar de códigos, vivemos uma espécie de obesidade do conhecimento: informações flutuam por todos os lados, nos inundam e, muitas vezes, tornam nossas perspectivas ainda mais confusas.