“Não mereço prosperar” e agora?
“As pessoas cuja autoestima foi afetada são propensas a esse distúrbio; sentem que são indignas e não merecedoras de qualquer coisa boa na vida, inclusive o dinheiro.”
— Brad Klontz e Ted Klontz, A Mente Acima do Dinheiro
Pode parecer estranho à primeira vista, mas a forma como lidamos com o dinheiro muitas vezes está menos ligada a matemática e mais relacionada com a nossa autoestima. E, principalmente, com a forma como fomos ensinados a nos enxergar ainda na infância.
Quando o Dinheiro Vem Com Culpa
Muita gente sonha com estabilidade financeira, liberdade para escolher e até uma vida próspera — mas, no fundo, algo sabota esse sonho. É como se houvesse uma voz interna dizendo: “Você não merece isso.”
Essa sensação não nasce do nada. Ela é fruto de experiências passadas, geralmente vividas nos primeiros anos de vida. Uma infância marcada por escassez, críticas constantes, comparação entre irmãos, pais emocionalmente distantes ou financeiramente inseguros… tudo isso molda a percepção de valor que temos sobre nós mesmos.
O Vínculo Entre Autoestima e Finanças
Se você não acredita que merece coisas boas, também vai acreditar que não merece ganhar bem, receber elogios, conquistar liberdade ou se permitir descansar.
Esse padrão é sutil, mas poderoso. Ele aparece em atitudes como:
- Recusar oportunidades porque “não se sente pronto”.
- Gastar tudo o que ganha, inconscientemente, para não ter que lidar com a responsabilidade de prosperar.
- Evitar falar sobre dinheiro, como se fosse algo sujo ou proibido.
- Sentir culpa ao investir em si mesmo.
Precisamos Reescrever Essa História
A boa notícia é que esse ciclo pode ser quebrado. A autoestima não é uma sentença — ela é construída (e pode ser reconstruída) ao longo da vida.
Algumas formas de começar essa mudança:
- Revisite suas crenças sobre merecimento. Pergunte-se: Quem me fez acreditar que eu não era digno? Isso ainda faz sentido hoje?
- Aprenda a receber. Comece por coisas pequenas: um elogio, um presente, um gesto de carinho — sem se justificar.
- Cuide de si como quem cuida de algo precioso. Sua autoestima cresce à medida que você se trata com respeito, constância e carinho.
- Busque apoio se necessário. Terapia, grupos de apoio, leituras e conversas sinceras ajudam a romper esse padrão emocional.
Conclusão
Autoestima e dinheiro estão profundamente conectados. Quando você acredita que merece viver bem, começa a fazer escolhas mais alinhadas com essa verdade. E isso reflete nos seus hábitos, nas suas decisões e, inevitavelmente, nos seus resultados.
Você não precisa mais viver à sombra do que ouviu no passado. É hora de assumir o papel principal da sua história — com dignidade, merecimento e consciência.